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História de Israel

A história do povo de Israel


A história do povo de Israel começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9; 13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar.
Obediente e temente ao Senhor, Abraão foi honrado por Deus, como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6). Nasceu Isaque (Gn 21.1-7), deste veio Jacó (Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a José (Gn 30.22-24), que mais tarde seria vendido como escravo ao faraó  (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus (Gn 39.2-6,21-23) e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito  (Gn 41.37-46). Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome (Gn 46.1-7). Do faraó receberam terras, para que as cultivassem (Gn 47.5-12).
Assim os israelitas começaram a prosperar.
Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio.
Resultado: foram subjugados militarmente e submetidos à escravidão (Ex 1.7-14).
O faraó ainda não estava satisfeito. Pretendia interromper de forma definitiva sua expansão: decidiu que todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos (Ex 1.15,16, 22). E assim foi feito, e de forma cruel. Às meninas, no entanto, era dado o direito à vida.
Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos soldados egípcios. Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida do bebê passou a correr perigo iminente, seus pais o colocaram numa cesta e o soltou no rio Nilo (Ex 2.1-10).
A filha do faraó viu o cestinho descendo nas águas e o choro do bebê. Ela tratou de resgatá-lo e o menino ganhou o nome de Moisés, ou Moschê, que pode significar "retirado" ou "nascido das águas” (Ex 2.5-9).
A mãe de Moisés tornou-se sua ama (Ex 2.9), ele cresceu e estudou dentro do reino egípcio, sempre muito bem tratado, apesar da filha do faraó saber que ele era filho de hebreus.
Um dia, enquanto ainda vivia no reino, Moisés foi visitar seus "irmãos" hebreus e viu um deles ser ferido com crueldade por um egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu seu corpo na areia. Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do crime e decidiu mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugir para a terra de Midiã (Ex 2.15).
Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do sacerdote Reuel, chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o nome de Gerson (que significa "hóspede") (Ex2. 21,22).
"Porque sou apenas um hóspede em terra estrangeira", diz Moisés (Ex 2.22).
Passaram-se os anos, o faraó que perseguia Moisés morreu, mas os israelitas (ou hebreus) continuavam sob o jugo egípcio. Diz a Bíblia que Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu o seu clamor (Ex 2.24).
Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa sarça em chamas (Ex 3 ), no monte Horebe. E lhe disse:
 “... Eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo “(Ex 3.9-10)”.
Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o Egito e contatou o faraó.
Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos (Ex 5.1-5).
Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por Deus (Ex 7-12). Permitiu que o povo finalmente fosse liberto, comeram a páscoa e partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). Era aproximadamente 3 milhões de pessoas.
Começava a caminhada em direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil (homens, sem contar as mulheres e crianças, eram aproximadamente 3 milhões de pessoas) andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra prometida( Ex 12.37 ).
Nasce o Judaísmo

Nas quatro décadas da caminhada no deserto Deus falou diretamente com Moisés (Ex 14.15...) e deu todas as leis a serem seguidas por seu "povo eleito" (Ex 20.1-17). Os dez mandamentos, o conjunto de leis sociais e penais, as regras dos alimentos, os direitos sobre propriedades... Enfim, tudo foi transmitido por Deus a Moisés, que retransmitia cada palavra ao povo que o seguia. Era o nascimento do Judaísmo.
A caminhada não foi fácil. O povo rebelou-se diversas vezes contra Moisés e contra o Senhor. A incredulidade e a desobediência dos israelitas eram tamanhas que, algumas passagens, Deus pondera em destruí-los e a dar a Moisés outro povo (a primeira vez que Deus "lamenta" ter criado a raça humana está em Gn 6.6).
Mas Moisés não queria outro povo. Clamou novamente a Deus para que perdoasse os erros dos israelitas (Ex 32.9,10). Porém todos os adultos que saíram do Egito, exceto Calebe e Josué morreram no deserto.
Moisés resistiu firme até à entrada de Canaã, infelizmente não pode entrar, apenas contemplou a terra (Dt 34.4,5) e foi levado por Deus. Josué tomou a direção do Povo e tomaram posse da terra Prometida.
"Eis a terra que jurei a Abraão, Isaac e a Jacó dar à tua posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela (disse Deus). E Moisés morreu." (Dt 34. 4,5).
"Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face." (Dt 34.10).
Foram grandes e difíceis batalhas, até tomarem posse por completo de Canaã. Inicialmente o povo era dirigido pelos juizes (Gideão, Eli, Samuel, etc.). Mas inconformados com esta situação e querendo assemelhar-se aos demais reinos pediram para si reis, Deus os atendeu (1Sm 8.5). Levantou-se Saul o primeiro rei, que foi infiel ao Senhor (1Sm 10.24), em seguida Davi tornou-se rei, este sim segundo o coração do Pai (2Sm 2.1-7). Salomão foi o terceiro rei, homem muito sábio e abençoado, construiu o primeiro Templo.
Após estes, muitos outros reis vieram; alguns fieis outros infiéis. Muitas vezes tornaram-se um povo sem Pátria. Inclusive nos últimos dois milênios eram um povo disperso pela terra. Somente em 1948 foi restabelecido o Estado de Israel.
Os judeus seguem apenas as leis do Torah (Antigo Testamento) até nossos dias. Jesus Cristo não é aceito como filho de Deus.
Os livros que o compõe o NT são desconsiderado pela religião judaica. Ainda esperam pelo nascimento do Messias!
Hoje, e apenas uma Nação a mais no planeta e não detém para si nenhuma das promessas bíblicas. As referências existentes na Palavra a respeito de Israel, certamente referem-se ao povo formado pelos Eleitos de Deus, espalhados sobre a terra.

INTRODUÇÃO


A apresentação do resumo do velho testamento tem o objetivo de dar uma visão geral e rápida dos acontecimentos lá citados. 


GÊNESIS
 (Na Bíblia hebraica - Bereshit)

Do capítulo 1 até 11:

•   Criação do universo e dos seres humanos.
•   Queda do homem, conseqüências e crescente perversidade.
•   O Dilúvio
•   A Terra é repovoada a partir da família de Noé.
•   Construção da Torre de Babel e dispersão devido à confusão de linguagem.

A partir do capítulo 12:

•   A história de Abraão, descendente de Noé, habitante de Ur, na Mesopotâmia (terra dos caldeus).
•    Migração de sua família para Canaã (terra dos cananeus), hoje Palestina (entre 1950 e 1300 a.C).
•    Abraão teve um filho e um neto muito conhecidos: Isaac e Jacó.
•    Fuga dos descendentes de Abraão para o Egito por causa da fome. Habitaram ao norte de Gosen. Foram bem recebidos porque o bisneto de Abraão, José, era alto funcionário do governo egípcio e prestigiado por faraó.


ÊXODO

•   Os descendentes de Abraão, Isaac e Jacó em difícil situação (Êxodo 1:4) – faraó e José morrem e o povo é escravizado. Trabalhos forçados e altos impostos tornam a vida insuportável. E a lembrança da promessa de Deus de terra boa, paz e justiça (Canaã), resultam em revolta diante da situação.
•    O povo fugiu liderado por Moisés, hebreu criado na corte egípcia. Outros grupos fugiram juntos, insatisfeitos também (Êxodo 12:38).
•    Os descendentes de Abraão, Isaac e Jacó tinham seu próprio Deus que, para diferençar dos outros, a princípio, era conhecido como o Deus de Abraão, Isaac e Jacó.
•    A travessia do Mar dos Juncos (citado como Mar Vermelho).
•    Reafirmação da aliança de Deus com Abraão no Monte. Deus se apresenta como Yahweh (Êxodo 6: 3) não mais como El Shadday ou Deus dos patriarcas.
•   O povo recebeu códigos de lei.
•    O tabernáculo, templo móvel onde Deus simbolicamente estava presente, continha a arca que guardava os objetos sagrados dos hebreus.
•    Duração da fuga – 40 anos.

LEVÍTICO

•    Deveres sacerdotais (assunto quase exclusivo).


NÚMEROS

•    Narração de alguns fatos logo após os citados em Êxodo.
•    Contém leis assemelhadas às de Levítico.


DEUTERONÔMIO

•    Repetição, acréscimo e modificação de algumas leis.
•    Narração dos dias finais de Moisés.
•    O povo tem Yahweh, o tabernáculo, uma lei (lei mosaica) e um líder – Moisés.
•    A chegada ao Monte Nebo, à margem oriental do Rio Jordão. Deus mostra a Moisés a terra prometida e avisa que ele não entrará nela.
•    Moisés morre na terra de Moabe (Deuteronômio 34:1-4).

Obs: Concluído o Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia).


JOSUÉ (aprox. 1250 a. C)


•   Josué, filho de Num importante personagem, já citado em Êxodo.
•   O interessante é que no início do livro, Moisés já falecido, é chamado de “ebed” (servo) de Deus e Josué apenas de “sharat” (servidor ou auxiliar) de Moisés (Josué 1:1).
•    O desafio de Josué (braço direito de Moisés) de conquistar Canaã, terra que mana leite e mel.
•    O Egito enfraquecido não patrulha as planícies da terra de Canaã e a desordem política impera. Contudo Josué tem a árdua tarefa de enfrentar cidades fortificadas dos cananeus como Jericó e Ai e controlá-las.
•    Josué recebeu um tratamento igual ao de Moisés após ir à frente do povo em muitas batalhas.
•    Curiosamente, Calebe, companheiro de Josué, era Quenezeu e não israelita. Questiona-se se ele aderiu à revolta na saída do Egito.


JUÍZES (aprox. 1200 a.C)


•    Eram líderes guerreiros que também decidiam questões religiosas, políticas, econômicas e sociais. Lideravam 12 tribos, organizando a sociedade na terra conquistada.
•   Levitas (sustentáculo da nova nação) - tribo exclusivamente dedicada ao culto a Deus. Viviam entre as outras tribos por não ter sua própria terra.
•   Período marcado por guerras, corrupção e degradação religiosa. Isto provoca no povo a vontade de ter um rei. Para isso seria necessário manter a realeza, o sistema administrativo e um exército, o que forçaria a existência de um sistema tributário (impostos).
•   Rute e Noemi viviam nesse período.


PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL


•   Saul – primeiro rei (aprox. 1050 a.C), veio da tribo de Benjamim. Líder guerreiro que organizou um exército, sua principal função, para proteção de invasões de outros povos, em especial, os filisteus que habitavam próximo à costa (hoje, faixa de Gaza).


SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL

•    Saul morre e Davi o substitui.
•    Davi era da tribo de Judá. Caçula entre oito irmãos. Famoso por vencer Golias, um guerreiro filisteu e carismático entre o povo.
•    Mudou de Gaad para Jerusalém, o centro do comando, depois de expulsar os jebuseus. Levou a arca da aliança para lá, que passa a ser o centro religioso dos israelitas.
•    Governou com boa aceitação.
•    Nomeou Salomão rei de Israel.

PRIMEIRO LIVRO DOS REIS

•    Salomão (aprox. 950 a.C) – fez reforma administrativa e dividiu o reino em 12 prefeituras.
•    Usou tecnologia estrangeira dos fenícios na construção de embarcações. E para construir o templo usou os artesões de tiro.
•    Aumentou impostos por causa das obras, o que gerou revolta no povo.
•    União das tribos do norte, as mais atingidas pelo alto tributo.
•    Morre Salomão.
•    Roboão assumiu o trono e manteve os impostos altos, resultando em grande revolta do povo. Jeroboão, exilado no Egito, retornou, é aclamado rei do povo do norte (final de um governo único em Israel).
•    Reino do norte – instabilidade política. Não havia sucessão dinástica (de pai para filho), como no reino do sul e permitia golpes de Estado organizados pelo exército.


SEGUNDO LIVRO DOS REIS

•    Relata vários golpes de Estado.
•    As regras eram ditadas por militares e pela classe social mais abastada.
•    Profetas - lutavam contra a opressão. Lembravam aos governantes que Deus queria o povo livre.
•    Desigualdade social.
•    Oséias, Amós e Isaías denunciaram a injustiça, a desigualdade social e o abuso de poder dos sacerdotes e governantes.
•    O Egito perdeu o poder sobre a Palestina permitindo o desenvolvimento econômico de Israel. Assíria invade Samaria (reino do norte) e o povo torna-se cativo (722 a.C). Os que restaram se misturaram a outros, perdem a identidade e surge rixa entre samaritanos e judeus.
•   Assíria e Egito se juntaram tentando resistir ao crescimento do império babilônico.
•   A Babilônia invadiu, saqueou e incendiou Jerusalém (Jeremias havia alertado). Nessa época Ezequiel viveu cativo. O cativeiro (586 a.C) marcou a história de Israel.
•    Ciro com medos e persas conquistou a Babilônia. A Palestina foi dominada por ele  e foi considerado libertador.
•   Em 538 a.C permitiu que os israelitas voltassem à sua terra.


CRÔNICAS

•    Escrito depois do exílio, reconta de Adão até o exílio, a história dos israelitas, destacando os bons tempos.
•    O reinado de Davi é muito comentado, sem ênfase em seus erros.
•   A adoração no templo é enfatizada, por isso historiadores sugerem que um levita foi o redator do livro.


ESDRAS E NEEMIAS

•    Esdras (sacerdote), Neemias (leigo) e também Sassabassar e Zorobabel foram importantes para Israel no pós-exílio. Esdras construiu o templo e Neemias, os muros da cidade.


ESTER

•   Narra uma história do mesmo período dos personagens anteriores. Ester não atuava em Israel, vivia na corte persa ao lado do rei Assuero.


AGEU E MALAQUIAS

•    Fundamentais na construção do templo e do culto a Yahweh
•    Ageu exortava com duras palavras. (Ageu 1:4)
•    Malaquias exortava sacerdotes ao verdadeiro culto (Malaquias 2:1 e 2) É o último profeta do A.T. (IV a.C).
•    Entre eles e Jesus há um período de muitos acontecimentos, o chamado inter-bíblico.
•    Macabeus (livro apócrifo) conta parte dessa história. Conta que os judeus liderados por Matatias (sacerdote), conquistaram sua independência, logo após Antíoco Epifanes profanar o templo. Seu filho, Judas Macabeu (martelo) o sucedeu. Embora contentes com a independência liderada pela família de Matatias (conhecida por macabeus ou asmoneus), alguns judeus conhecidos como hassidim (piedosos) se desentenderam com eles, causando ruptura na comunidade judaica.
Até 63 a.C os asmoneus governavam os judeus, quando um general romano chamado Pompeu, invade a Judéia e a anexa à província romana da Síria. A independência israelita chega ao fim.



LIGANDO O VELHO AO NOVO TESTAMENTO

Após o domínio dos assírios, em 722 a.C sobre os israelitas do norte, a Palestina foi dominada pela Babilônia, Pérsia e Grécia. No tempo de Jesus era Roma que dominava. Entre os judeus, insatisfação total. Herodes, chamado “Rei dos Judeus” (título dado por Roma na intenção de evitar revolta e, cobrar impostos), era idumeu, não judeu de fato. João conta que os sinais operados por Jesus causam preocupação aos fariseus e aos chefes dos sacerdotes, pois poderiam provocar violenta reação dos romanos (João11:48), e acharem que havia uma insurreição contra o império. Muitos líderes chamavam multidões a se rebelarem contra Roma e sua opressão; e Jesus poderia ser confundido com um deles. Isaías e Jeremias anunciaram o Messias e o povo estava cansado de domínios e opressões. Seria Jesus um revolucionário político, como pensavam os mestres da lei? Porém o reino Dele era outro. Tinha e tem seu reino, sem demarcações geográficas, sem exclusividade de um povo, sem bens materiais e sem poder terreno. Seu reino vem do céu para a terra, sem limites, sem acepção de pessoas, basta fé e fazê-lo Senhor.
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About Euler Eufrásio de Souza

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