Paixão pela Igreja
Texto base: “Jeremias 2: 32-33; 3.1,20”
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A Bíblia compara a Igreja a uma
noiva e a uma esposa. O Senhor é apaixonado pela Igreja e se importa com tudo
que lhe diz respeito. Ao ver sua Igreja sendo maltratada, fica irado e, por
zelo e cuidado, atua em seu socorro e proteção.
Quando a vê sendo cortejada por
outros e cedendo à tentação, fica enciumado e entristecido. Assim o Pai se
expressa, por meio do profeta Jeremias: “Eu me lembro de sua fidelidade quando você era jovem: como
noiva, você me amava e me seguia pelo deserto, por uma terra não semeada. (...)
Será que uma jovem se esquece das suas joias, ou uma noiva, de seus enfeites
nupciais? Contudo, o meu povo esqueceu-se de mim por dias sem fim. Com quanta
habilidade você busca o amor! Mesmo as mulheres da pior espécie aprenderam com
o seu procedimento. (...) Você tem se prostituído com muitos amantes e, agora,
quer voltar para mim?’, pergunta o Senhor. (...) Como a mulher que trai o
marido, assim você tem sido infiel comigo, ó comunidade de Israel, declara o
Senhor”. Jeremias 2:32-33; 3.1,20.
Se Deus é tão apaixonado pela
Igreja, a ponto de sentir ciúmes, paixão pela Igreja é algo que também deve
estar no coração daqueles que são apaixonados por Deus. Entretanto, como já
aprendemos, a paixão não pode se limitar apenas a um sentimento, deve motivar-nos
a agir. Que ações o nosso apaixonado Deus pratica em favor de sua amada noiva?
E nós, como apaixonados pela Igreja, o que deveríamos fazer por ela?
Paulo trata desse tema quando
escreve aos Efésios: Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou
a igreja e entregou-se por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar
da água mediante a palavra, e para apresentá-la a si mesmo como igreja
gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Da
mesma forma, os maridos devem amar cada um à sua mulher como a seu próprio
corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou
o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com
a igreja, Efésios 5.25-29.
1. Paixão pela Igreja é entrega em favor dela: Paulo enfatiza que o
marido deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja.
Como Jesus amou sua Igreja?
Entregando-se em favor dela. Nós também, como apaixonados pela Igreja, devemos
entregar-nos por ela, investindo o melhor dos nossos recursos. A paixão pela
Igreja pede que eu e você, por sermos apaixonados por Deus, nos disponhamos a
dar nosso tempo, dinheiro e energia em prol dela.
2. Paixão pela Igreja é trabalhar para edificá-la: Jesus se
entregou em favor da Igreja para santificá-la, de modo que ela lhe seja
apresentada gloriosa, santa e inculpável, escreve Paulo. Como noivo apaixonado,
Jesus está trabalhando pela edificação de sua amada. Paixão pela Igreja é
trabalhar para edificá-la. E essa edificação é manifestada pelo uso dos dons
espirituais dados pelo Espírito Santo à sua Igreja, como afirma Paulo em 1 Coríntios 12.1-31. A Igreja é um organismo que se
edifica a si mesma com o auxílio de Deus. Em Efésios
4.15-16 lemos: “Antes, seguindo a verdade em
amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo,
ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si
mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função”.
Paixão pela Igreja se manifesta
ao sermos motivados a trabalhar pela sua edificação e cada um de nós faz a sua
parte.
3. Paixão pela Igreja é cuidar: Jesus cuida e alimenta a Igreja assim como
alguém faria com o seu próprio corpo. Paixão pela Igreja implica cuidado. O
cuidado motivado pela paixão nos leva ao zelo. Quando Jesus expulsou com
violência os vendedores e cambistas do Templo de Jerusalém, os discípulos, ao
verem o Mestre tão irado, lembraram-se do Salmo
69.9: “Pois o zelo da tua casa me consome, e
os insultos daqueles que te insultam caem sobre mim”.
Jesus, movido pela paixão, cuidou
da casa de seu Pai. Paixão pela Igreja deve nos levar a cuidar e zelar por ela.
Como podemos cuidar e zelar pela
Igreja? A essa pergunta Paulo responde com estas palavras, em sua “Carta da
paixão pela Igreja”: “Como prisioneiro no Senhor,
rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. Sejam
completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros
com amor. Façam todo o possível para conservar a unidade do Espírito pelo
vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a
qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo,
um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos”
Efésios 4.1-4. O cuidado e o zelo a que a
paixão pela Igreja nos induz se manifesta na conservação da sua unidade.
Paulo enfatiza que devemos fazer
todo o possível para conservar a unidade da Igreja. Todo o possível. Devemos
nos empenhar com todos os nossos recursos para que não haja divisões na Igreja.
Como a unidade é mantida? Pelo vínculo da paz, isto é, quando há paz entre os
irmãos. Nós, os apaixonados pela Igreja, devemos agir pela promoção da paz em
nosso meio. Como?
Praticando ações que gerem paz
entre nós mesmos e os outros e, também, entre os irmãos. O autor de Efésios
declara que isso é alcançado quando agimos com humildade, docilidade e
paciência uns com outros. O orgulho nos divide. A agressividade nos fere. A
impaciência nos afasta.
A grande importância de se
conservar a unidade da Igreja é que, se ela está dividida, perde o seu poder de
influência sobre a sociedade que vive em trevas. Está escrito que as portas do inferno não poderão resistir à Igreja,
Mateus 16.18, e que a Igreja será
reconhecida pela sua unidade em amor, João 13.35. Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade
ou casa dividida contra si mesma não subsistirá, disse Jesus, em Mateus 12.25. O poder de transformação social da
Igreja está em sua unidade. Sem unidade, ela é como Sansão sem os seus cabelos:
sem força e derrotada pelos seus inimigos.
Conclusão:
“Paixão pela Igreja” foi o
assunto desta última pregação sobre “Paixão Contagiante”. Essa paixão se
manifesta por meio de entrega, trabalho e cuidado para que a Igreja seja
edificada e a sua unidade seja mantida. Ela é a noiva amada de Cristo e ele,
como noivo apaixonado, age em favor dela. É impossível não amar o que Jesus
ama. Paixão por Deus resulta em paixão pela Igreja.
Acesse também aos demais esboços dessa série de mensagens sobre paixão contagiante:
1- Paixão por Deus/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/06/paixao-por-deus.html
2- Paixão por Santidade/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/07/paixao-por-santidade.html
3- Paixão pelos Perdidos/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/07/paixao-pelos-perdidos.html
4- Paixão pela Igreja/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/07/paixao-pela-igreja.html#more
Acesse também aos demais esboços dessa série de mensagens sobre paixão contagiante:
1- Paixão por Deus/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/06/paixao-por-deus.html
2- Paixão por Santidade/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/07/paixao-por-santidade.html
3- Paixão pelos Perdidos/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/07/paixao-pelos-perdidos.html
4- Paixão pela Igreja/ http://calvariovida.blogspot.com.br/2016/07/paixao-pela-igreja.html#more
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